O silêncio masculino: por que tantos homens guardam para si o que sentem?
Na clínica, é comum perceber que muitos homens chegam à terapia carregando um peso que nunca compartilharam. Desde cedo, aprendem que “não é coisa de homem” demonstrar fragilidade, chorar ou admitir inseguranças. Esse modelo cultural os ensina a silenciar emoções, acreditando que isso os torna mais fortes — quando, na verdade, só aumenta a solidão.
O silêncio masculino, muitas vezes, não significa ausência de sentimentos, mas sim medo do julgamento. Guardar tudo para si pode parecer proteção, mas, com o tempo, gera distanciamento nos relacionamentos, dificuldade em lidar com frustrações e até sintomas de ansiedade ou depressão.
Abrir-se não diminui a masculinidade, pelo contrário: exige coragem. Homens que conseguem expressar o que sentem criam vínculos mais saudáveis, se conectam melhor com quem amam e descobrem que vulnerabilidade também é força.
Falar sobre o que dói não é sinal de fraqueza, é um ato de cuidado — consigo mesmo e com quem está ao redor.
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